Na noite de 19 de maio de 1986, radares que controlavam os céus brasileiros sobre São Paulo, Rio de Janeiro e Anápolis (GO) detectaram movimentações completamente insólitas em suas telas. Tivemos literalmente um show de discos voadores em nosso espaço aéreo, a ponto de autoridades da Aeronáutica virem a público afirmar que o território nacional foi invadido por nada menos que 21 objetos de origem desconhecida, os quais foram percebidos e acompanhados por aviões a jato. Se movimentavam em altas velocidades, passando de 250 a 1.500 km/h em fração de segundo – sem causar o estrondo característico –, mudavam de cor, trajetória, subiam, desciam, sumiam instantaneamente do radar e apareciam, aos olhos dos observadores, em outro lugar, seguiam os aviões, ficavam parados, faziam ziguezague, causaram a interrupção do tráfego aéreo em várias áreas, interferências nos equipamentos de aeronaves, realizaram curvas em ângulos retos sob altíssimas velocidades e sem deixar rastros como veículos aéreos convencionais. Além dos operadores dos radares do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta I), pilotos de caça e da aviação civil participaram da tentativa de identificação daqueles plotes inexplicáveis e fizeram, inclusive, contatos visuais, mas não houve soluções concretas para o ocorrido.Agora, chega-nos através das mãos de Robeto A. Beck, membro da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) e conselheiro especial da Equipe e Revista UFO, desde o Arquivo Nacional e as novas pastas ufológicas liberadas, as cópias de parte do relatório final oficial do Comano da Aeronáutica (Comda) e Núcleo do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Nucomdabra), atual Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), que tinha naquele tempo como comandante interino o Brigadeiro do Ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Trata-se de um documento que certamente era para conter a assinatura do então Ministro da Aeronáutica Octávio Júlio Moreira Lima, mas que segundo as novas informações, não queria se comprometer ainda mais com os fatos. O apresentado relatório foi realizado com a finalidade de constatar às altas esferas da Defesa Aérea Nacional as ocorrências, citando as informações dos órgãos de controle de tráfego aéreo e da defesa aérea, bem como dos pilotos interceptadores envolvidos nos acontecimentos. Nas considerações finais, entre outras também relevantes, destacamos o item 3:"Como conclusão dos fatos contantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também voar em formação, não forçosamente tripulados." Ou seja, era sabido e constatado que se tratavam realmente de UFOs. Este, na verdade, é somente um aperitivo perto das mais de 1.000 páginas dos anos 80 que chegaram às mãos da CBU e estarão disponibilizadas publicamente nesta próxima semana, aqui no site da UFO e também no Arquivo Nacional. Portanto, este novo calhamaço, quando analisado de forma minuciosa, será de importância incomensurável na Ufologia
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